História de Brejinho

 

 

No ano de 1928, os poucos moradores que habitavam nesta localidade, procuram aperfeiçoar a idéia de uma reunião para tratar da possibilidade da ampliação de um lugarejo já existente e torna-lo mais conhecido, o qual já era ponto de parada para os comerciantes de São José do Egito, Teixeira e Itapetim, chamados de almocreves ou mascates os quais desciam dos animais com as mercadorias que almucrevavam onde também já vendiam seus produtos as famílias que existiam no lugar.
Para marcar este encontro histórico, foi convidado o padre Sebastião Rabelo para celebrar uma missa na casa do senhor Emanoel Simão de Lima no dia 13 de fevereiro de 1928. Foi quando Brejinho ainda denominado de Tamboril deu seu primeiro passo para a cidade que hoje existe. Estavam presentes vários moradores da redondeza, os quais apoiaram essa idéia entre eles se destacaram Félix Moisés, Pedro Sampaio da Silva e José Gomes Sobrinho que tiveram a generosidade de doar o patrimônio para ampliação do lugarejo, iniciando-se a construção de casas dentro das possibilidades de cada um que, aumentou rapidamente  o número de casas construídas. Tendo como primeiro comerciante o senhor José Nunes do Brejo, em seguida, surgiram outros que muito contribuíram para o desenvolvimento como: Manoel Rezende de França (Manoel Lulu) com uma pequena indústria de descaroçar algodão, o senhor Artur Rocha com uma pequena bodega entre outros. Na seqüência veio à idéia da construção de uma capela que teve o incentivo e o apóio do Padre João Leite de Andrade a qual foi construída pelos próprios moradores, após a construção os moradores pensaram em um padroeiro e chegaram a conclusão que seria São Sebastião, sendo aprovado pelo Bispo de Pesqueira Dom José Lopes Sobrinho, doador da imagem ainda hoje existente, o padre João Leite de Andrade também muito contribuiu para a o desenvolvimento de Brejinho.
Este município pertenceu a Itapetim como distrito até dezembro de 1963 e como capela, até 22 de agosto de 2008.
Brejinho emancipou-se de Itapetim no dia 20/12/1963, projeto trabalhado pelo deputado estadual Walfredo Paulino de Siqueira e sancionado pelo governador Miguel Arraes de Alencar. A festa de emancipação aconteceu no dia 3 de Janeiro de 1964 tendo como prefeito interino Ivo Vicente Ferreira, empossado em 31/01/1964. O qual administrou o município até 31 de Janeiro de 1965.
 Primeiro prefeito eleito pelo povo: O senhor José Severino de Araújo foi eleito em 15 de novembro de 1964 empossado em 31 de janeiro de 1965, administrando assim o município até 31/01/1969;
 Segundo prefeito o senhor João Rezende Neto: eleito em 15 de novembro de 1969 tomando posse em 31 de janeiro de 1970 administrando o município por três de 1970 a1972;
Terceiro prefeito João Manoel da Silva, eleito em 15 de novembro de 1972 e empossado em 31 de janeiro de 1973 administrou por quatro anos este município de 1973 a 1976;
Quarto prefeito Gervásio Alves da Costa, eleito em 15 de novembro de 1976 empossado em 31 de janeiro de 1977 administrando o município por seis anos até janeiro de 1982;
Quinto prefeito: João Manoel da Silva com o segundo mandato eleito em 15 de novembro de 1982, empossado em 31 de janeiro de 1983 administrando por seis anos de 1983 a 1988;
Sexto prefeito: Agenor Ferreira dos  Santos eleito em 15 de novembro de 19 e empossado em 31 de janeiro de 1988 administrando por apenas quatro anos de 1989 a 1992;
Sétimo prefeito: João Manoel da silva com o terceiro mandato eleito em 1992 administrando o município por quatro anos de 1993 a 1996;
Oitavo Prefeito: o senhor José Vanderlei da Silva, que administrou por oito anos.
Primeiro mandato eleito em outubro de 1996 e o segundo mandato como candidato único administrando de 01 de Janeiro de 1997 a 2000. Segundo mandato de 2001 à 2004;
Nono prefeito: Francisco de Sales Rodrigues da Costa, eleito em outubro de 2004 empossado em 01 de janeiro de 2005 e administrando á apenas quatro anos até 31 de dezembro de 2008, voltando como prefeito já eleito José Vanderlei da Silva em 2009.
No que diz respeito à educação no município de Brejinho, esta deu seus primeiros passos a partir do ano de 1928. Num processo lento e difícil, um lugarejo que começava a se erguer, sem recursos, apenas contando com a boa vontade de alguns moradores - pessoas simples, sem conhecimento algum, sem nenhum meio de comunicação, mas do jeito simples da época, já existiam os chamados professores particulares que eram contratados pelos pais dos alunos. Estes escolhiam a casa de algum cidadão que tivesse um espaço amplo e este passava a funcionar como escola para as crianças da redondeza. Esses professores tinham como objetivo “desarnar as crianças”- termo utilizado na época com o significado de ensinar. Com estes, as crianças aprendiam apenas a escrever o nome e a ler, a partir do método de soletrar algumas palavras. O material utilizado era a “carta de ABC”, lápis e caderno. Por volta dos anos 30, época difícil, sofrida com os respingos da revolução política na Paraíba, que afetou a nossa região, o que deixou as famílias de nosso município assustadas pela pressão dos revolucionários paraibanos que procuravam fugitivos em Pernambuco. Isso dificultou muito no desenvolvimento. Na década de 40 surgiram melhores professores leigos, mas com um conhecimento significativo, como  a professora Iraci de Matos, que muito contribuiu para a melhoria educacional. Jacinta Dantas e Zefinha Severo, que ajudaram muito na educação, na cultura e na educação religiosa.
 Finalmente, nos anos 50 apareceram melhorias e apoio do Governo do Estado de Pernambuco. Inicialmente, a professora Carmelita Siqueira, com habilitação no magistério (na época, única exigência para lecionar), lecionava num salão cedido pelo Senhor Manoel Rezende, no ano de 1953. Daí foi iniciada a construção da primeira escola no povoado de Brejinho. Apenas com uma sala de aula, sendo intitulada Escola Isolada Tamboril. Nesse período um fato até então inédito no município aconteceu: concluía o curso de magistério a primeira professora do nosso município: Ernestina Maria Cavalcante, que estudava com muito esforço na cidade de Catolé do Rocha, no Rio Grande do Norte. A seguir, os caminhos educacionais do município abriram-se com a formação de novas professoras, fato que contribuiu ara a melhoria educacional do município. Nessa época, havia o chamado ensino primário ( de 1ª a 4ª série).
No dia 20 de dezembro de 1963, quando o município de Brejinho passou a cidade pelo ato do governador Miguel Arraes de Alencar foi fundada a Escola do Ensino Ginasial com o nome de Instituto Educacional Machado de Assis. Era uma escola particular que funcionava a partir do Exame de Admissão para 1ª, 2ª, 3ª e 4º ano ginasial, fundado pelo professor Mário Leite Gomes, formado em Letras e Direito. A partir de então, por volta do ano de 1970 a educação municipal obteve um grande avanço com o apoio do Prefeito João Rezende. Este comprou a referida escola que passou a chamar-se Escola Municipal São Sebastião continuando então oferecendo o Curso do Ensino Ginasial.Nesta época o município foi beneficiado com a instituição do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) destinado à Educação de Aultos. Mais um fato educacional ocorrido no município foi a instituição do curso do Magistério, fato acorrido nos anos 80 que muito contribuiu para a formação da nova geração de professores e professoras do município. Nos anos 90, a Escola Municipal São Sebastião passou a lecionar somente de 1ª a 8ª série do Ensino Fundamental. Assim não haveria mais necessidade o exame de admissão para a Escola. Ainda na mesma década foi instituído na escola o curso de contabilidade e o ensino passou a ser chamado Ensino Fundamental 1 ( 1ª a 4ª série) e 2 ( 5ª a 8ª série). No final dos anos 90 a Rede Estadual, com a Escola Estadual José Severino de Araújo, assumiu o Ensino Médio, fechado os cursos de Magistério e Contabilidade na Escola Municipal.Nesse momento o município assumiu a Educação Infantil e O Ensino Fundamental ( 1ª a 8ª série).
 Com a chegado do século XXI o município avançou muito na oferta educacional aos seus habitantes, a partir da adesão do Executivo Municipal Foi implantada a Educação Jovens e Adultos para aquelas pessoas que, por algum motivo, pararam de estudar a muito tempo, O Programa Escola Ativa, este dotado de metodologia e material específico para classes multisseriadas localizadas na zona rural do município; Houve também a parceria co o Instituto Ayrton Senna, o qual disponibilizou para o município os programas de correção de fluxo Se Liga e Acelera que têm por objetivo alfabetizar e acelerar os estudos daqueles alunos analfabetos e/ou fora da série que deveriam estar cursando.
 A cultura de um povo depende d busca pelo resgate do que está esquecido ou escondido
Levantamento feito pela Srª. Áurea Ferreira da Silva e Lira

Brejinho 05/11/2008.